domingo, 10 de fevereiro de 2008
A MUTAÇÃO DA BORBOLETA - Ritos de Espelho 06
Armou-se um cerco em minha vida.
Quem enganará os guardiões das horas mortas?
No regaço, trago girassóis frescos
e nos lábios, feridas de amores tortos e favos.
É tarde para esperar batidas surdas na porta ou
uma pedra lançada com doçura à janela,
um bilhete tímido pela fresta.
Mas há quem espere, paciente,
um olhar (meu) de ostra que bate nos pés,
denúncia de fogo e flor miúda.
Dou a minha mão secreta
e o amor me dá asas de borboleta
irrequieta.
poema do livro Ritos de Espelho, 2002
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Hermoso...!!!
la foto muy bonita... acaso eres tú?
Besos...
Levados pela m�sica afora, pela noite afora, pala vida afora, onde chegar�amos? Eis uma pergunta que me inquieta. Felicita�es por t�o belos versos. Aquele abra�o. Thiago
A fotografia não sei mesmo quem fez, mas faz parte de uma série de reproduções de quadros do Klimt. Não sou eu, claro, é uma modelo!!
Saudações meu caro bom poeta e irmão de nossa América mais bela!!
Um forte abraço, Jorge Ampuero!
Thiago, seus comentários poéticos sempre me alegram!!
Um beijo a todos
Fulana Miranda
Puxa, eu entrei nos comentários exatamente pra dizer isso: tá igual a Adele Bloch Bauer..
E também pra perguntar se é você..
Agora, não sei mais o que dizer :)
Postar um comentário